Os terceirizados, os desempregados e os subempregados
O processo de terceirização
acontece quando uma empresa contrata
uma outra para prestar um determinado serviço. Esse serviço será realizado pelos
funcionários da empresa contratada. Esses trabalhadores não têm ligação
empregatícia com a empresa contratante, sendo de responsabilidade da empresa
terceirizada.
Os exemplos mais frequentes são a
terceirização para segurança, limpeza. Antes da nova lei da terceirização, não
era permitido no Brasil, a contratação de uma empresa para realizar uma
atividade-fim, isto é, a atividade principal da empresa. Ex: empresa de doces -> terceirização
do serviço de fazer os doces. Era apenas legal, que houvesse a
terceirização para atividades-meio, como as que foram exemplificadas no início.
Mas, após essa lei, passa a ser permitida.
Para as empresas, é vantajoso que
parte de sua mão de obra seja contratada por terceiros, ao invés de mantê-los
sob a sua tutela, o que aumenta os gastos com direitos, indenizações e outras
questões. Mas a terceirização traz pontos negativos para o empregado da empresa
terceirizada:
- Os funcionários terceirizados recebiam, em média, 27% a menos do que os empregados diretamente contratados e que desempenhavam a mesma função
- Os terceirizados eram submetidos a uma jornada de trabalho 7% maior
- Permaneciam empregados por menos da metade do tempo que os outros contratados da empresa
O desemprego,
de acordo com dados do IBGE, atingiu a marca de 13,4 milhões de pessoas
(12,7%), nesse primeiro trimestre de 2019, aonde 5,2 milhões se encontram
procuram emprego há mais de um ano, e 3,3 milhões estão desempregados há dois
anos ou mais. A falta de perspectiva de encontrar um novo emprego vem fazendo
crescer o número de desempregados que param de procurar por uma chance de
carteira assinada.
Podemos destacar
os grupos de trabalhadores que mais sentem o desemprego. São eles:
- Jovens: faixa etária de 14 a 24 anos
- Mulheres: o desemprego entre as mulheres (14,9%) é maior do que entre os homens (10,9%), podemos assim, infelizmente, ainda ver resquícios do machismo no âmbito do mercado de trabalho, onde preferencialmente são procurados e empregados homens, e não mulheres.
- Negros: O índice entre as pessoas que se declararam brancas ficou em 10,2%, enquanto os que se declararam pretos atingiram 16%, esse fato ainda marca o racismo que acontece na contratação do trabalhador, onde preferencialmente são contratados mais brancos que negros.
Sobre
o ensino superior, apenas 10,4% das pessoas desempregadas são graduadas, 56,4%
tem o ensino médio completo, e 22,1% não chegaram a completar o ensino
fundamental. Essa última parcela, dificulta mais ainda a contratação, onde
muitas vezes, é preferencial que o trabalhador tenha algum tipo de
qualificação.
Os desempregados
ficam vulneráveis, sem seus direitos trabalhistas assegurados, pois o Brasil se
encontra longe de proteger os que estão nessa condição e possui o seguro-desemprego
com regras rígidas que tornam muito difícil o acesso ao benefício.
Os subempregados, estão
diretamente ligados ao desemprego. Acontece quando o indivíduo tem pouca ou
nenhuma formação profissional e necessita de um sustento, é como uma “válvula
de escape”, os subempregos muitas vezes surgem por uma falta de oportunidade. Ex: diaristas, catadores de
papel/plástico, camelôs.
Esses
subempregos, quase sempre oferecem baixas remunerações, o que tem como
consequência a baixa qualidade de vida aos subempregados, e uma instabilidade
com relação ao salário, pois não é algo assegurado. Muitas vezes, esse processo
acontece após os trabalhadores terem seus vínculos empregatícios com empresas
acabados, não encontram outra oportunidade e necessitam sustentar suas famílias
e si próprios.
Essa
remuneração que o subempregado recebe, é muito inferior ao que um trabalhador
de emprego fixo e carteira assinada recebe, mesmo com a mesma quantidade de
horas trabalhadas. Muitos não contribuem para a previdência social mensalmente
também e não terão no futuro, o direito à aposentadoria, e terão que como uma
alternativa, continuar a exercer alguma atividade para manter seu sustento. As
oportunidades não são oferecidas a todos, e quando as pessoas não possuem
emprego algum e necessitam de um algum trabalho para sobreviver o que resta é o
subemprego, algo precário.
Grupo: Amanda Ortega, Caroliny Viallarinho, Clara Albuquerque, Isabele Pinheiro e Jéssica Licassali.
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